O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou as previsões de crescimento da economia brasileira para 2,3% neste ano. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (17), o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) nos últimos três anos foi mais forte do que o previsto pela organização.
A nova estimativa está alinhada com as expectativas do Ministério da Fazenda (2,5%) e do Banco Central (2,1%). Até 2030, o crescimento do Brasil deve atingir 2,5% ao ano. Segundo o FMI, a economia brasileira vem superando as previsões recentes e operando acima das expectativas, apesar dos sinais de moderação.
As projeções atualizadas indicam uma desaceleração em relação ao ano passado. De acordo com o FMI, essa perda de fôlego é consequência de “condições monetárias e financeiras restritivas, da redução do apoio fiscal e do aumento da incerteza política”.
Ainda assim, o relatório é otimista: “No médio prazo, é previsível que o crescimento se recupere para 2,5%, apoiado pela normalização da política monetária e por fatores estruturais favoráveis”, afirma o documento.
Em abril, o próprio FMI havia reduzido sua projeção para o Brasil de 2,2% para 2%. Agora, a organização destaca: “A economia brasileira cresceu fortemente nos últimos três anos, surpreendendo positivamente e, como o esperado, mostra sinais de moderação”.
Expectativa para a inflação
O relatório também trata da inflação e estima que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) feche 2025 em 5,2%, valor que está 0,7 ponto percentual acima do teto da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para o fim do próximo ano.
A expectativa é que a inflação volte ao centro da meta de 3% ao ano apenas em 2027. O FMI elogiou a atuação do Banco Central e afirmou que a elevação da Selic para o maior patamar desde 2006 foi uma resposta adequada para controlar a inflação e garantir sua convergência com a meta “no médio prazo”.
Os diretores do Fundo destacaram ainda que manter a credibilidade das políticas fiscal e monetária é essencial para ancorar as expectativas de inflação.